Estamos aí, com o novo plano de educação com vigência 2011-2020, inúmeros debates tem sido feitos frente a aprovação de algo que valorize e dê voz aos surdos...
Tivemos em Brasilia, surdos defendendo o direito a estudar em uma escola de educação especial, temos pesquisadores defendendo o ingresso(por força de lei) de todos os surdos na rede regular de forma universal até 2014(claro que não só os surdos mas todos os deficientes de forma geral...)
É um debate muito longo e extenso e eu não posso de forma alguma ser neutra, por que não existe discurso que não agregue nossos valores pessoais, que não seja marcado pelas marcas que recebemos da vida.
Minha marca hoje (amanhã talvez mude, pois como ser humano,sou capaz de reconhecer meus erros e me permito rever e reavaliar sempre) é de que uma educação de qualidade para o sujeito surdo só se dá através de muita reflexão estudo e com uma proposta de singularidade em relação a surdez e ao surdo...
Não adianta, apenas, criar salas de surdos em escolas regulares, não adianta dizer que inclusão dá certo...Precisamos pensar com calma e clareza sobre todos os aspectos...
Tenho um ponto fundamental, os próprios professores precisam aceitar e querer fazer um trabalho que será dificil, precisam abrir suas mentes seus baús internos de dialogo acerca do que eu sei de deficiencia, quanto eu quero saber de deficiencia e quanto eu acredito que o sujeito surdo pode aprender...
Não adianta impor, por decreto lei...
Hoje, os surdos da escola de educação especial, são expostos sim a uma vida inclusiva, pelo menos no Inst. Dona Carminha, eles são...
Me dá uma certa repulsa, ver hoje profissionais pró inclusão, que começaram suas trajetórias lá dentro das instituições especiais, que hoje acusam que as E.E ( escolas especiais) de serem muito assistencialistas, mas que tratam os surdos como principes na escola dita regular!
Nós profissionais da educação precisamos aprender a respeitar o espaço do outro, a respeitar o trabalho do colega...
Nós do Inst. Dona Carminha, trabalhamos inúmeros projetos, alguns até premiados, com os surdos, temos um programa pedagógico sólido e não aceitamos mais comentarios maldosos sobre nossa EE, sabemos que temos uma história com a comunidade surda de mais de 34 anos e isso não muda do dia pra noite...
Estamos felizes pois os surdos, defendem nosso trabalho, as familias estão felizes por que encontram aqui um suporte para lidar com todos os aspectos da deficiencia, como psicologa, ass.social e quando não temos um profissional saimos atras de alguem que possa ajudar esta familia a lidar e aceitar seu filho acima de tudo...
Nos dias 29 e 30 de agosto, o INES promoveu um seminário a qual estou ansiosa pelos textos...
Estamos lutando pela educação que valorize a escolha, a independencia e vá de encontro aos direitos humanos, os surdos podem escolher onde estudar e não devem ser penalizados com isso...
Vamos discutir isso mais, por hoje é só...
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